A Brasilian Legend

Mule-Without-Head

This is a not very good translation I did of this story, the terms are not very easy for me, as they are in Brazilian Portuguese and some of those words, I have never heard lol. I tried to find a translation at the web, but it was a mission impossible.

As a fact this story was sent to me by Fernanda who had sudden to get on LOA as she lost her father.  Í almost forgot this one in the folder. She was asking for help to translate it, so you can imagine the text wasn't at all easy lol. But in respect to Fernanda who did the effort to get me a legende from Brazil to take part of the Myth pages, I wanted to go ahead and translate, even badly, and here it is for your joy, if you can understand what I did Lol. Anyhow I want to thank you MzFe for to have sent this in and the story is quite amazing *S* I will leave the original here below.

Mule-Without-Head


"There is still this mule without the head; it brings still pain, but however. These things of Gods mind... nobody should moan.
Mother came you know, yet after a long time, these people is uncommunicable... "
(Manuel Ambrósio. Interior Brazil)

* * *

The transformation in mule is the punishment received for the woman who if delivers to a priest sexually. Into the nights of Thursday to Friday, or in accordance with the moon, or of seven in seven years, or quaresma, at last - the periods vary of region for region - the concubine change and depart into headless gallop, stepping on everything what it finds at the front.
Its hooves, very sharp, wounds as razors. When it returns home, it turns backto a human being, however it is hurt, abated, full of excoriations. In the next fatal night, everything happens again.

So that the concubine if does not transform, the priest must curse it before celebrating each mass. According to Pereira da Costa, this must be made before touching the Host, at the moment of the consecration. When finding a mule, is necessary to hide the nails in order to not attract its anger. That one who will have the extreme courage to remove the brake of iron in the mouth, will break the enchantment. In some places, it is enough to cause a wound, and dripping its blood.

The mule-without-head, donkey-of-priest or burrinha (donkey) are myth of Iberian origin and occur in all America. In Mexico, it is called malora; in Argentina, mule livens up. Also it is called soul mule, mule without a head, woman mule and male mule. According to Luís da Câmara Cascudo, although some variations, always the "concubine" punishment is received from the priest. Viriato Corrêa is The Flame of the Cavalacanga.

Innumerable variations exist on its form: a mule without head, with an appalling whinny; a black animal with a cross of white coats in the head; fire eyes; it moans as people; it whinnies; it has a luminous torch in the tip of the tail; nobody sees, only hears it the bustle; a she-ass with one stripes white in the neck...

Gustavo Barroso explains that the choice of the mule, or donkey, as the punishment to the woman of the priest,
comes in fact from more or less from the Middle of the Medieval Age, the mules was the most used for the priests,
because they were docile, resistant and safe. Untiring animals and sufficiently next to the priests person, also physically.


Mula-sem-cabeça


"Ainda hai a mula sem cabeça; custa muito, mas porém hai. Essas cousas de Deus unfum!... ninguém deve marmurá. Mamãe veio sabê, ô dispois muito tempo, qu'essas gente são iscomungado..."
(Manuel Ambrósio. Brasil interior)

* * *

A transformação em mula é o castigo recebido pela mulher que se entrega sexualmente a um padre. Nas noites de quinta para sexta-feira, ou de acordo com a lua, ou de sete em sete anos, ou na quaresma, enfim — os períodos variam de região para região — a concubina transforma-se e parte em galope desvairado, pisoteando tudo o que encontra pela frente. Seus cascos, afiadíssimos, ferem como navalhas. Quando retorna à casa, readquire a forma humana, porém está machucada, abatida, cheia de escoriações. Na próxima noite fatídica, tudo acontece novamente.

Para que a manceba não se transforme, o padre deve amaldiçoá-la antes de celebrar cada missa. Segundo Pereira da Costa, isso deve ser feito antes de tocar a hóstia, no momento da consagração. Ao encontrar uma mula, é preciso esconder as unhas a fim de não atrair a sua ira. Aquele que tiver a coragem extrema de retirar-lhe o freio de ferro da boca, quebrará o encanto. Em alguns lugares, basta causar-lhe um ferimento, tirando-lhe sangue.

A mula-sem-cabeça, burrinha-de-padre ou burrinha é mito de origem ibérica e ocorre em toda a América. No México, é chamada malora; na Argentina, mula anima. Também é chamada alma mula, mula sin cabeza, mujer mula e mala mula. Segundo Luís da Câmara Cascudo, apesar de algumas variações, sempre é a punição recebida pela "manceba" do padre. Viriato Corrêa a chama de cavalacanga.

Existem inúmeras variações sobre a sua forma: uma mula sem cabeça, com um relincho apavorante; um animal preto com uma cruz de pêlos brancos na cabeça; olhos de fogo; geme como gente; relincha; tem um facho luminoso na ponta da cauda; ninguém a vê, só se ouve o tropel; uma burra com uma listra branca no pescoço...

Gustavo Barroso explica que a escolha da mula, ou burrinha, como a punição da mulher do padre, deve-se ao fato que desde mais ou menos meados da Idade Média, as mulas foram as montarias mais utilizadas pelos padres, por serem dóceis, resistentes e seguras. Animais incansáveis e bastante próximos da pessoa do padre, inclusive fisicamente.

Thank you MzFe for your contribution *S*

 



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